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Wednesday, July 30, 2008

Long Life Learning

"One thing I have learned in a long life: All our science, measured against reality, is primitive and childlike - and yet it is the most precious thing we have. "

Albert Einstein

Saturday, March 8, 2008

Physics & Sex

"Physics is like sex. Sure, it may give some practical results, but that's not why we do it."
Richard Feynman

Friday, February 16, 2007

Vantagem da inteligênica

"Nos tempos em que a inteligência era uma vantagem, os nossos antepassados eram, em média, mais inteligentes que outros das suas gerações."*

Sei bem que isto está fora do contexto, mas por isso mesmo acho piada a esta frase quando se pensa em quem conduz os nossos destinos hoje em dia, seja ao nível governativo seja relativamente à hierarquia numa grande empresa.



* - Isto é apenas uma frase da terceira parte de um artigo sobre a teoria da evolução das espécies de Darwin (podeís encontrar as duas primeiras aqui: parte 1, parte 2)

Tuesday, February 6, 2007

Inspiração do génio (4)

Se os mais distintos físicos e matematicos acreditam no génio como mágico é, em parte, para sua protecção psicológica. Um cientista apenas excelente poderia sofrer um choque desagradavel se discutisse s seu trabalho com Feynman. Aconteceu vezes sem conta: os físicos esperavam por uma oportunidade para terem a opinião de Feynman acerca do resultado de um trabalho no qual tinham empenhado semanas ou meses da sua carreira. Como era típico de Feynman, este recusar-se-ia a deixá-los dar uma completa explicação desse trabalho. Dizia que era menos divertido para ele. Permitia-lhes apenas que apresentassem as linhas gerais do problema, antes de interromper e dizer oh, eu sei... e rabiscar no quadro, não o resultado, A, do problema apresentado pelo visitante, mas sim um teorema mais difícil, mais geral, X. Assim, A (prestes a ser enviado, talvez, para a Physical Review) não passava de um caso particular. Isto podia magoar. Por vezes, não era claro se as repostas iluminadas de Feynman resultavam de um cálculo instantâneo ou de um conhecimento previamente armazenado e trabalhado - e não publicado. 0 astrofísico Willy Fowler propôs, num seminário no Caltech, nos anos 60, que os quasares - misteriosas fontes de radiação brilhantes, recentemente descobertas no céu - eram estrelas com uma enorme massa, tendo-se Feynman levantado de imediato para dizerr, surpreendendo toda a gente, que tais objectos seriam gravitacionalmente instáveis. Mais, afirmou que a instabilidade era um resultado da relatividade geral. Esta afirmação exigia um cálculo dos subtis efeitos de equilibrio entre as forças estelares e a gravidade relativista. Fowler pensou que Feynman estava a falar sem conhecimento de causa. Mais tarde um colega descobriu que Feynman havia efectuado um trabalho de uma centena de páginas sobre o assunto alguns anos antes. 0 astrónomo de Chicago Subrahmanyan Chandrasekhar, trabalhando independentemente, chegou ao mesmo resultado de Feynman - e isso constitiu parte do trabalho que lhe valeu o prémio Nobel vinte anos depois.
O próprio Feynman nunca se preocupou em publica-lo. Alguém com uma ideia nova arriscava~se sempre a descobrir, como dizia um colega, "que Feynman tinha passado por ela e partido em busca de outra».
Um grande físico que acumulava saber sem se dar ao trabalho de o publicar podia ser um autêntico perigo para os seus colegas. Na melhor das hipóteses, era desanimador saber que uma descoberta susceptível de promover a carreira de uma pessoa estava, para Feynman, abaixo do limiar da publicabilidade.

in "Feynman - A Natureza do Génio" de James Gleick

Inspiração do génio (3)

Como disse Mark Kac: «[...] o funcionamento das suas mentes é, para todos os efeitos, incompreensível. Mesmo depois de termos compreendido o que fizeram, o processo pelo qual o fizeram , continua mergulhado na mais completa escuridão.»

Inspiração do génio (2)

[Um professor da Universidade de Cambridge interroga um génio da matematica, a trabalhar em Manchester como um humilde empregado] [...] sobre temas que vão da geometria ao cálculo diferencial e integral, passando pelos logaritmos, e depois, sobre questões das mais estranhas e profundas. Por fim, é posto ao pobre empregado um problema que demoraria semanas a resolver. A resposta é dada imediatamente, num pequeno pedaço de papel. «Mas como», diz o professor, «como conseguiu isto? Mostre-me a regra", a resposta está correcta, mas chegou lá por um caminho diferente.»
«Resolvi o problema», diz o empregado, «com uma regra que está na minha cabeça. Não posso mostrar-lhe a regra - eu próprio nunca a vi; a regra está na minha cabeça.»
«Ah!», exclama a professor, «se fala de uma regra dentro da sua cabeça, nada a fazer; não posso segui-lo atá lá.»

numa brochura de 1851 intitulada Genius and Industry

Inspiração do génio

Um físico que se dedicava ao estudo da teoria quântica do campo com Murray Gell-Mann no California Institute of Technology nos anos 50, antes da publicação dos textos fundamentais neste domínio, descobre apontamentos não publicados, da autoria de Feynmnan, que circulavam em cópias pirata. Pergunta a Gell-Mann se sabe alguma coisa acerca deles. Gell-Mann diz que não, que os métodos de Dick são diferentes. 0 estudante pergunta: então quais são os métodos de Feynman? Gell-Mann encosta-se ao quadro e responde que o método de Dick é o seguinte: toma-se nota do problema; pensa-se muito (fecha os olhos e leva a mão à testa, parodiando a atitude do pensador); depois, escreve-se a resposta.

Sunday, February 4, 2007

Experiências

"Não temos de nos desculpar com um número insuficiente de experiências, a questão nada tem a ver com experiências. A nossa situação é diferente, digamos, da do campo de mesões, em relação ao qual dizemos não existirem indícios suficientes para a mente humana poder visualizar a questão. Não deveríamos sequer ter de olhar para as experiências [...] Fazê-lo é o mesmo que ir às últimas páginas do livro, ver qual é a solução [...] A única razão pela qual não conseguimos resolver este problema da supercondutividade é a nossa falta de imaginação."
Richard Feynman

Sobre ciência

"A ciência é uma forma de ensinar como se consegue conhecer uma coisa, o que não é conhecido, até que ponto as coisas são conhecidas (porque nada é conhecido em absoluto), como lidar com a dúvida e a incerteza, como fazer a demonstração, como pensar sobre as coisas por forma a fazer juízos sobre elas, como distinguir o verdadeiro do falso e da aparência."
Richard Feynman

Friday, January 26, 2007

Ser cientista

"... Quando se é um cientista, acredita-se que é bom saber como o mundo funciona, que é bom descobrir o porquê de a realidade ser aquilo que é, que é bom dar à humanidade em geral o maior poder possível sobre a Natureza [...] Não se pode ser um cientista se não se acreditar que o conhecimento do mundo, e o poder que isso confere, é uma coisa que tem um valor intrínseco para a humanidade, e que se está a utilizar isso para ajudar a espalhar o conhecimento, aceitando as respectivas consequências."

J. Robert Oppenheimer

Tuesday, January 23, 2007

Verdade acima de tudo

"If we really want to make the world a better place, telling the truth about how it works is a good place to start."

Recomendo o texto completo, até porque se centra mais na temática do aborto (sem dramatismos, e sendo originário "de fora" parece-me relevante neste momento pré-referendo), mas escolhi a frase final para citar porque resume belissimamente a opinião que eu tenho de que se devidamente esclarecido sobre o conhecimento da realidade do mundo tal como a entendemos em cada momento, em vez dos dogmas ameaçadores avançados pelas diversas religiões, provavelmente o Homem viveria num muito melhor mundo. Ou seja, e como corolário desta ideia, diria que o Homem viveria seguramente num mundo melhor sem a existência de qualquer religião... o problema será que ainda não está completamente preparado para isso, mas se assim é a culpa é precisamente da existência das religiões que continuam a influenciar desmesuradamente a humanidade. Não será então realista desejar que estas desapareçam de um dia para o outro sob pena de deixar sem "orientação" uma parte demasiado grande da população, mas tenho a firme convicção que o Homem tem potencial para melhor, muito melhor, e um dia no futuro não existirão mais senhores prepotentes que impõem a sua vontade aproveitando-se da ignorância alheia para semear o medo... utopia? Talvez. Mas deixem-me sonhar por favor, pois o sonho comanda a vida!

Friday, January 5, 2007