Friday, May 3, 2013

Brain - a wonderful organ


The brain is a wonderful organ. It starts working the moment you get up and does not stop until you get into the office.
-Robert Frost

Friday, February 1, 2013

Vazio

Faltam as palavras para exprimir a sensação de perda... não é de espantar já que sempre fui parco em palavras, mas quero que saibam que de todos vocês tenho saudades.

Friday, March 25, 2011

"Geração à Rasca - A NossaCulpa", por MIA COUTO

Um dia, isto tinha de acontecer.
Existe uma geração à rasca?
Existe mais do que uma! Certamente!
Está à rasca a geração dos pais que *educaram* os seus meninos numa abastança caprichosa, protegendo-os de dificuldades e escondendo-lhes as
agruras da vida.
Está à rasca a geração dos filhos que nunca foram ensinados a lidar com frustrações.
A ironia de tudo isto é que os jovens que agora se dizem (e também estão) à rasca são os que mais tiveram tudo.
Nunca nenhuma geração foi, como esta, tão privilegiada na sua infância e na sua adolescência. E nunca a sociedade exigiu tão pouco aos seus jovens como lhes tem sido exigido nos últimos anos.

Deslumbradas com a melhoria significativa das condições de vida, a minha geração e as seguintes (actualmente entre os 30 e os 50 anos) vingaram-se
das dificuldades em que foram criadas, no antes ou no pós 1974, e quiseram dar aos seus filhos o melhor.
Ansiosos por sublimar as suas próprias frustrações, os pais investiram nos seus descendentes: proporcionaram-lhes os estudos que fazem deles a geração
mais qualificada de sempre (já lá vamos...), mas também lhes deram uma vida desafogada, mimos e mordomias, entradas nos locais de diversão, cartas de condução e 1º automóvel, depósitos de combustível cheios, dinheiro no bolso para que nada lhes faltasse. Mesmo quando as expectativas de primeiro
emprego saíram goradas, a família continuou presente, a garantir aos filhos cama, mesa e roupa lavada.




Durante anos, acreditaram estes pais e estas mães estar a fazer o melhor; o dinheiro ia chegando para comprar (quase) tudo, quantas vezes em substituição de princípios e de uma educação para a qual não havia tempo, já que ele era todo para o trabalho, garante do ordenado com que se compra
(quase) tudo. E éramos (quase) todos felizes.

Depois, veio a crise, o aumento do custo de vida, o desemprego, ... A vaquinha emagreceu, feneceu, secou.

Foi então que os pais ficaram à rasca.
Os pais à rasca não vão a um concerto, mas os seus rebentos enchem Pavilhões Atlânticos e festivais de música e bares e discotecas onde não se
entra à borla nem se consome fiado.
Os pais à rasca deixaram de ir ao restaurante, para poderem continuar a pagar restaurante aos filhos, num país onde uma festa de aniversário de
adolescente que se preza é no restaurante e vedada a pais.
São pais que contam os cêntimos para pagar à rasca as contas da água e da luz e do resto, e que abdicam dos seus pequenos prazeres para que os filhos
não prescindam da internet de banda larga a alta velocidade, nem dos *qualquercoisaphones ou pads,* sempre de última geração.

São estes pais mesmo à rasca, que já não aguentam, que começam a ter de dizer "não". É um "não" que nunca ensinaram os filhos a ouvir, e que por
isso eles não suportam, nem compreendem, porque eles têm direitos, porque eles têm necessidades, porque eles têm expectativas, porque lhes disseram
que eles são muito bons e eles querem, e querem, querem o que já ninguém lhes pode dar!

A sociedade colhe assim hoje os frutos do que semeou durante pelo menos duas
décadas.

Eis agora uma geração de pais impotentes e frustrados.
Eis agora uma geração jovem altamente qualificada, que andou muito por escolas e universidades mas que estudou pouco e que aprendeu e sabe na proporção do que estudou. Uma geração que colecciona diplomas com que o país lhes alimenta o ego insuflado, mas que são uma ilusão, pois
correspondem a pouco conhecimento teórico e a duvidosa capacidade operacional.
Eis uma geração que vai a toda a parte, mas que não sabe estar em sítio nenhum.



Uma geração que tem acesso a informação sem que isso signifique que é informada; uma geração dotada de trôpegas competências de leitura e
interpretação da realidade em que se insere.
Eis uma geração habituada a comunicar por abreviaturas e frustrada por não poder abreviar do mesmo modo o caminho para o sucesso. Uma geração
que deseja saltar as etapas da ascensão social à mesma velocidade que queimou etapas de crescimento. Uma geração que distingue mal a diferença
entre emprego e trabalho, ambicionando mais aquele do que este, num tempo em que nem um nem outro abundam.
Eis uma geração que, de repente, se apercebeu que não manda no mundo como mandou nos pais e que agora quer ditar regras à sociedade como as foi
ditando à escola, alarvemente e sem maneiras.
Eis uma geração tão habituada ao muito e ao supérfluo que o pouco não lhe chega e o acessório se lhe tornou indispensável.
Eis uma geração consumista, insaciável e completamente desorientada.
Eis uma geração preparadinha para ser arrastada, para servir de montada a quem é exímio na arte de cavalgar demagogicamente sobre o desespero alheio.

Há talento e cultura e capacidade e competência e solidariedade e inteligência nesta geração?
Claro que há. Conheço uns bons e valentes punhados de exemplos!
Os jovens que detêm estas capacidades-características não encaixam no retrato colectivo, pouco se identificam com os seus contemporâneos, e nem
são esses que se queixam assim (embora estejam à rasca, como todos nós).
Chego a ter a impressão de que, se alguns jovens mais inflamados pudessem, atirariam ao tapete os seus contemporâneos que trabalham bem, os que são
empreendedores, os que conseguem bons resultados académicos, porque, que inveja!, que chatice!, são betinhos, cromos que só estorvam os outros (como se viu no último *Prós e Contras*) e, oh, injustiça!, já estão a ser capazes de abarbatar bons ordenados e a subir na vida.

E nós, os mais velhos, estaremos em vias de ser caçados à entrada dos nossos locais de trabalho, para deixarmos livres os invejados lugares a que alguns
acham ter direito e que pelos vistos - e a acreditar no que ultimamente ouvimos de algumas almas - ocupamos injusta, imerecida e indevidamente?!!!

Novos e velhos, todos estamos à rasca.
Apesar do tom desta minha prosa, o que eu tenho mesmo é pena destes jovens.
Tudo o que atrás escrevi serve apenas para demonstrar a minha firme convicção de que a culpa não é deles.
A culpa de tudo isto é nossa, que não soubemos formar nem educar, nem fazer melhor, mas é uma culpa que morre solteira, porque é de todos, e a sociedade não consegue, não quer, não pode assumi-la.
Curiosamente, não é desta culpa maior que os jovens agora nos acusam. Haverá mais triste prova do nosso falhanço?
Pode ser que tudo isto não passe de alarmismo, de um exagero meu, de uma generalização injusta.
Pode ser que nada/ninguém seja assim.

Tuesday, August 24, 2010

Mar é de todos

«O mar é de todos nós; pescadores submarinos são portugueses de pleno direito!»

http://www.peticaopublica.com/?pi=APPSA


Eu pessoalmente concordo com esta petição e acho que também podes concordar:

" Exmº. Senhor Presidente da Assembleia da República

Todos os portugueses são iguais perante a lei. Os praticantes de pesca submarina são portugueses de pleno direito!

Nos termos do artigo 52º da Constituição da República Portuguesa, submetemos à Assembleia da República, a petição que se segue.

Do estudo efectuado pelo Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve, pode concluir-se que a pesca submarina é a arte de pescar que menos pesca. Apenas 0,01%, contra 0,5% da pesca lúdica não submarina (à linha) - percentagens do universo das capturas da pesca profissional desembarcada em lota. Segundo o estudo Spearfishing, cada praticante da pesca submarina, pesca, em média, 25 vezes por ano; e segundo o estudo sobre a Pesca Recreativa de Costa, do mesmo Centro de Estudos da Universidade do Algarve, cada pescador lúdico não submarino, pesca, em média, 65 vezes por ano.

Segundo os registos do Ministério da Agricultura e Pescas, foram emitidas em 2008, 14 000 licenças para a pesca lúdica submarina e 185 000 para a pesca lúdica não submarina. Isto confirma que são os pescadores submarinos os que menos pescam ao longo do ano; e menos anos têm para pescar ao longo da vida!
Acresce que é ainda a pesca submarina a única arte de pesca selectiva – todas as outras são aleatórias; de facto, o pescador submarino é o único que vê a presa antes de a capturar e abstém-se de o fazer na presença de um juvenil, de uma espécie protegida ou proibida.

A pesca submarina é a arte de pesca mais sustentável do ponto de vista ambiental. O preâmbulo da portaria 144/2009, refere expressamente que é uma actividade selectiva e amiga do ambiente!

As Resoluções do Conselho de Ministros 141/2005, 175/2008 e 180/2008 vieram, respectivamente, interditar a prática da pesca submarina em Arrábida/Sesimbra/Espichel, no Litoral Norte e no arquipélago das Berlengas; locais onde todas as outras formas de pesca, profissionais e lúdicas, são permitidas, ainda que condicionadas.

Esta medida, desigual e incompreensível, porque incide justamente sobre a arte de pesca que menos pesca, consubstancia uma discriminação negativa e viola o princípio da igualdade. Por outro lado, se a protecção ambiental é assegurada através da imposição de condicionamentos sobre as artes de pescar que mais pescam, então, a interdição, pura e simples, da pesca submarina, peca ainda por excessiva e consubstancia, ela própria, uma violação do princípio da proporcionalidade.

Os signatários vêm, por isso, propor a revogação dos artigos 34º alínea q), 38º, alínea i) e 31º, alínea p), das referidas Resoluções, respectivamente, que proíbem a pratica da pesca lúdica submarina nas zonas sob a sua tutela, propondo que a mesma seja condicionada à semelhança do que sucede com a pesca lúdica à linha, e apenas interdita onde todas as outras artes de pesca também o sejam.

Os signatários entendem que o mar português é de todos os portugueses e a sua fruição não pode pertencer apenas a alguns. Entendem e desejam uma protecção dos ecossistemas numa lógica de conformação com o usufruto ambiental. Aceitam por isso as reservas integrais mas já não podem aceitar as áreas marinhas protegidas onde todos podem pescar, com excepção apenas daqueles que, paradoxalmente, são os que menos pescam e os mais sustentáveis ambientalmente – os pescadores lúdicos submarinos.

Há que distinguir a verdadeira protecção ambiental, dos interesses que nada têm a ver com ela!...

Os signatários "

Friday, August 14, 2009

My European Political Ideologies test

Meus resultados do European Political Ideologies test:

#1 is: You are an ecologist or green. You believe that the single greatest challenge of our time is the threat to our natural environment, and you feel that radical action must be taken to protect it - whether in the enlightened self-interest of humanity (in the tradition of 'shallow ecologism') or, more radically, from the perspective of the ecosystem as a whole, without treating humans as the central species (deep ecologism).

#2 is: You are an anarcho-communist, aiming for a society without the state, based on small, decentralised groups living communally.

#3 is: You are a social democrat. Like other socialists, you believe in a more economically equal society - but you have jettisoned any belief in the idea of the planned economy. You believe in a mixed economy, where the state provides certain key services and where the productivity of the market is harnessed for the good of society as a whole. Many social democrats are hard to distinguish from social liberals, and they share a tolerant social outlook.

#4 is: You are a social liberal. Like all liberals, you believe in individual freedom as a central objective - but you believe that lack of economic opportunity, education, healthcare etc. can be just as damaging to liberty as can an oppressive state. As a result, social liberals are generally the most outspoken defenders of human rights and civil liberties, and combine this with support for a mixed economy, with an enabling state providing public services to ensure that people's social rights as well as their civil liberties are upheld.

#5 is: You are a classical socialist, believing in equality of outcome as a principle. This might mean greater equality (e.g. Old Labour), or as close to absolute equality as possible. However, you will believe in an extensive public sector, covering not just public services (transport, healthcare etc.) but probably also the 'commanding heights' of industry (e.g. iron and steel). Your views on personal morality will be reasonably tolerant, in general, but there is considerable variation within this political group.

#6 is: You adhere to the Third Way. The Third Way is a fairly nebulous concept, but it rests on the idea of combining economic efficiency - i.e. a market economy with some intervention - with social responsibility. The focus is emphatically on the community as a whole, and not necessarily equality per se. Adherents of the Third Way range from moderate to conservative in their social views, and have recently been willing to take a "tough" line on a range of social issues.

#7 is: You are a communist. You believe, at least in theory, in absolute equality of income - and you oppose the whole capitalist system per se. You want to abolish the market economy and replace it with one in which the workers (usually meaning the state) control the building blocks of the economy. Your views on personal morality will vary; traditional communists tended to be more authoritarian, while modern "eurocommunists" tend to take a liberal line.

#8 is: You are a market liberal. You adhere to the traditional liberal belief in freedom, and take this to mean negative rather than positive freedom - i.e. a slimmed-down state is the best guarantor of freedom. You will therefore support a laissez-faire economic policy, and you will be reasonably tolerant on the social front - though less emphatically so than social liberals.

#9 is: You are a Christian democrat - or, in the UK, a "One Nation conservative"; in other words, although you share the usual conservative belief in stability and duty, you believe that such duties include a responsibility on the part of the better-off to help those who are less fortunate. You will be socially conservative, but in favour of a mixed economy where the state does have a role in providing public services. Christian democracy arose after World War II, succeeding more doctrinaire Catholic parties dating from the 1870s.

#10 is: You are an anarcho-capitalist. Anarcho-capitalists take the Jeffersonian belief that "that government is best which governs least", and extend it - "that government is best which governs not at all". The theory of anarcho-capitalism is that the market can replace the state as a regulator of individual behaviour (resulting in private courts, private policing etc.).

#11 is: You are a fascist. You combine a strong belief in the nation with authoritarian social values, and a willingness to impose your views upon others. You strongly oppose immigration, and are willing to take radical action to combat it.

#12 is: You are a libertarian conservative. You hold that the free market is the best way of organising economic activity, but you combine this with adherence to more traditional social values of authority and duty.